
Andréia Albertini, que ficou famoso após se envolver em uma confusão com o jogador de futebol Ronaldo Nazário, do Corinthians, morreu na quinta-feira (9), no Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini, em Mauá, no Grande ABC Paulista.
Segundo o site G1, o travesti, de 22 anos, foi enterrado às 10h15 desta sexta (10), no Cemitério Santa Lídia, também em Mauá.
A mãe de Albertini, a dona-de-casa Sônia Maria Ribeiro, de 49 anos, desabafou.
“Ninguém sabe o que estou sentido, talvez só quem já tenha tido a mesma perda”.
As condições de saúde de Albertini foram descobertas depois que a dona do flat, onde ela estava morando em São Paulo, estranhou o confinamento da travesti, que não saía há dias, e resolveu arrombar a porta. Segundo a mãe, ela foi encontrada sentada no sofá, sem forças para se levantar ou comer.
“Eu a trouxe no domingo (5). Na segunda (6), ela ficou em casa. Na terça (7), teve uma convulsão e eu levei para o hospital já em coma”, detalha.
Ainda de acordo com o G1, ao chegarem ao hospital o médico disse que a situação de Albertini era delicada.
“Ele me disse que, se sobrevivesse, ela ia ser um vegetal”, relembra.
O hospital afirmou não estar autorizado a divulgar a causa da morte.
De acordo com o jornal O Dia, dona Sônia Regina Maria confirmou que Andréia contraíra o vírus HIV em 2006, com um parceiro no Rio.
Relembre o caso Albertini x Ronaldo
No dia 29 de abril de 2008, Ronaldo, que curtia férias no Rio de Janeiro ao lado da namorada Bia Antony, se envolveu numa encrenca que o levou à delegacia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.
Ele alegou, na época, ter sido chantageado por um travesti, que, por outro lado, disse que o craque não quis pagá-lo. Após uma confusão no Motel Papillon, na Barra da Tijuca, o jogador e três travestis foram parar na 16ª DP.
O delegado Carlos Augusto Nogueira contou, em entrevista à imprensa na DP, que Ronaldo deu a seguinte versão para o caso: após assistir ao jogo do Flamengo x Botafogo, na noite de domingo (27), o craque decidiu se divertir um pouco, indo para uma boate, na Barra.
No caminho, ainda segundo o depoimento dele, pegou uma prostituta (que achava tratar-se de mulher), no calçadão da praia. Em seguida, foi com ela para o Papillon. Chegando ao local, a suposta prostituta disse que chamaria mais duas amigas para o programa.
Quando chegaram, Ronaldo viu tratar-se de travestis. Ele então reagiu, avisando que não era a dele. Os travestis teriam chegado a dizer que iam pegar cocaína na Cidade de Deus e, assim, Ronaldo não sentiria a diferença.
Daí, veio a discussão.
Ronaldo decidiu pagar R$ 1 mil a cada um, para se livrar deles. Porém, um dos travestis teria chantageado o jogador, pedindo R$ 50 mil para não levar o caso à imprensa.
Ronaldo disse que não daria, oferecendo mais US$ 600 apenas.
O travesti não aceitou e começou uma nova discussão. Na confusão, o pessoal do hotel chamou a polícia, que levou todo mundo para a delegacia.
Já a versão dada pelo travesti Andréia Albertini, na delegacia, foi de que Ronaldo teria lhe pedido para comprar drogas. Na volta, como não teria conseguido, o jogador se negara a pagar.
Ronaldo concedeu entrevista ao Fantástico, onde comentou o caso.
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